Como interditar um idoso?

Em Direitos dos idosos por André M. Coelho

É sempre do seu interesse falar com um advogado sobre cada caso de interdição jurídica de um idoso. Se você não puder pagar um advogado, uma organização de assistência jurídica, faculdade de Direito ou mesmo órgãos públicos poderão representá-lo gratuitamente ou a um custo reduzido. No entanto, algumas restrições se aplicam e elas podem não ser adequadas ao seu caso. Mas antes de ir procurar um advogado, é bom entender um pouco da interdição de um idoso.

A interdição judicial de pessoa idosa

Uma pessoa pode estar sujeita a interdição total por ordem judicial se tiver pelo menos 18 anos de idade ou um menor emancipado e for constantemente incapaz de tomar decisões fundamentadas sobre si ou sua propriedade ou se não puder comunicar suas decisões sobre si ou sua propriedade, por causa de uma enfermidade.

Leia também

O que é enfermidade?

Enfermidade é quando uma pessoa é incapaz de cuidar de si mesma e de sua propriedade. Uma enfermidade pode resultar de muitos tipos de deficiências mentais e físicas, incluindo abuso de substâncias. A velhice por si só não é uma enfermidade. Uma pessoa que apenas toma decisões tolas ou imprudentes não tem uma enfermidade.

Existe mais de um tipo de interdição?

Existem dois tipos de interdição, total e limitada. A interdição total transfere todas as responsabilidades e direitos do interdito ao curador. A pessoa que procura uma interdição deve provar que a interdição é incapaz de cuidar de si mesma e de sua propriedade em uma interdição total que está sendo processada perante um tribunal.

A interdição limitada permite que o interdito retenha certos direitos. Por exemplo, o interdito pode precisar apenas de um curador para decisões financeiras, mas é capaz de tomar outras decisões. A pessoa que procura uma interdição precisa apenas provar que a interdição é incapaz de cuidar de sua pessoa ou propriedade.

Interdição dos idosos

A interdição de um idoso pode ser necessária quando o mesmo não pode mais tomar decisões ciente do que está fazendo. (Foto: The Local Italy)

Quem assume a responsabilidade pelo interdito?

O tribunal nomeará um curador que representará o interdito em atos legais, além de ser responsável por todas as decisões pessoais do interdito. Um curador pode ser alguém previamente nomeado por escrito pelo interdito quando ele foi capaz de comunicar suficientemente uma preferência. Se não houver curador por escrito, o curador será o cônjuge, filho adulto, pai ou pessoa do interdito, com quem o interdito vive há um certo tempo, nessa ordem.

Sob nenhuma circunstância o tribunal indicará um menor, uma pessoa interditada ou alguém que não seja um residente brasileiro (a menos que o não residente tenha um agente residente para o serviço de documentos legais). Em ocasiões muito raras, um tribunal pode considerar um criminoso condenado, uma pessoa em dívida com o interdito, uma pessoa envolvida em uma ação judicial com o interdito como uma parte adversa, ou um proprietário, operador ou funcionário de instituições de cuidados de longo prazo onde interdito está recebendo cuidados (a menos que ele esteja relacionado ao interdito).

Ao tomar decisões para o interdito, o curador deve considerar documentos de pré-interdição, como um testamento. O curador também deve considerar as preferências pessoais do interdito, como crenças e valores religiosos.

O tribunal também nomeará um agente de corte para supervisionar o curador.

O que o curador de idoso pode fazer e não fazer em nome do interdito?

O curador pode aceitar doações em nome do interdito. Ele não pode, no entanto, fazer doações da propriedade do interdito, a menos que a lei permita. O curador pode colocar a propriedade do interdito em uma relação de confiança. A confiança pode ser encerrada pela interdição se a interdição for encerrada. Se o interdito morrer, a confiança pode ser encerrada por seus herdeiros.

O curador geralmente não pode mudar a residência do interdito sem a autorização do tribunal. O curador não pode consentir com um aborto ou esterilização do interdito sem a autorização do tribunal. O curador não pode cometer o interdito em um estabelecimento de saúde mental, a menos que siga os procedimentos de compromisso de saúde mental que se aplicam a todas as pessoas.

Ficou alguma dúvida? Deixem nos comentários suas perguntas e iremos responder!

Sobre o autor

Autor André M. Coelho

A terceira idade chega para todos e é preciso envelhecer com mais qualidade de vida. Preocupado com sua mãe e seu padrasto que estão envelhecendo, André começou a pesquisar mais sobre a qualidade de vida para idosos e compartilhar com seus leitores o conhecimento que está aprendendo para uma terceira idade com muito mais qualidade e saúde.

Aviso legal

O conteúdo deste site tem caráter apenas informativo. NÃO receitamos ou prescrevemos substâncias ou tratamentos. NUNCA faça tratamentos ou utilize substâncias sem a indicação de um médico especialista. Procure sempre orientação médica presencial antes de consumir ou utilizar qualquer produto ou substância terapêutica.

Deixe um comentário